A esperança que resta
A esperança que resta vem-nos sempre do futuro.
É o que estas imagens testemunham, mais uma vez.
Elas chegam-nos de lugares, para nós, longínquos.
A imagem com as crianças é de Najaf, no Iraque.
Vão a caminho de uma festa.
Mas a própria deslocação já é um acto festivo.
A imagem com adultos é tirada no Bangladesh.
Que também vão para uma festa.
Mas a deslocação não é uma festa.
É uma luta.
As crianças são os adultos de amanhã?
Não. Esperemos que não.
Esperemos antes, que sejam o futuro dos adultos.
É a única forma de dar sentido a estas imagens.
E de dar alguma esperança às lutas, sem sentido,
dos tempos de hoje.