sábado, dezembro 31, 2005 

Entre o Não e o Sim

Entre o "NON" francês, em Maio, ao Tratado da União Europeia



e o "YES" de Elton John ao seu David, em Dezembro,





Muitas coisas mais, e de importância para o futuro, se passaram na Europa.

Tente lembrar-se de algumas, como útil exercício de memória, para este último dia de 2005.

A propósito, tente entrar, com um "sim" bem português, no ano de 2006

sexta-feira, dezembro 30, 2005 

Afinal, quem programa as férias do nosso Primeiro Ministro?


Serão bons deuses ou maus fados?

Reconheço publicamente que não sei.

O que sei é que já se está a transformar em regra que deixem sempre más recordações.

As suas férias do passado verão, para os portugueses, porque acabaram por coincidir com o "pico" dos incêndios.

As suas férias deste Natal, de novo, para os portugueses, porque o seu ligeiro acidente de esquiador é pretexto para todos os portugueses tomarem conhecimento das suas férias na Suiça, ao mesmo tempo que sabem que a austeridade pedida aos portugueses não teve férias em 2005 e não promete tê-las em 2006.

Como se pode constatar pelo antetítulo da notícia, no caso de um Primeiro Ministro, trata-se sempre de "política" e não de férias particulares.

 

E o Segredo? E os Segredos?

Aqueles que leram, como se sugeriu no Ventilhador, o texto do Cardeal desconhecido que deixa cair o seu diário do Conclave nas mãos dos jornalistas não puderam, provavelmente, deixar de experimentar alguma ternura evangélica e angélica, por esta subtil e escolástica distinção entre



O segredo “ante factum”



e



O segredo “post factum”.



I segreti del Conclave
"Così vinse Ratzinger"









E l'obbligo del segreto? È stato deciso dai papi innanzitutto per tutelare la libertà del conclave: una fuga di notizie prima o durante il conclave, con i "seggi" nella Sistina ancora aperti, potrebbe condizionare le successive votazioni. Altra cosa, meno grave, crediamo, è una violazione del segreto post factum.



terça-feira, dezembro 27, 2005 

Pergunta final deste breve folhetim.

 
Com a campanha mais cara e o menor custo financeiro para o PSD e o CDS, os portugueses, se  vierem a ter Cavaco como Presidente da República, vão pagá-lo, politicamente, pelo preço da campanha ou pelo custo do PSD-CDS?
 
 
 
 

 

Mas não foi Cavaco Silva...



Mas um tal desconhecido

"Botelho Ribeiro(que) entregou um documento escrito à mão, sem previsão de valores e onde afirma que "todas as despesas de campanha serão suportadas pelos apoiantes e pelo candidato dentro do espírito de gratuitidade".http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=12&d=27&uid=&id=55669&sid=6158

 

Cavaco Silva: O candidato mais barato...para os Partidos



Cavaco Silva não prevê ter qualquer contributo dos partidos que o apoiam, o PSD e o CDS.
http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=12&d=27&uid=&id=55669&sid=6158

O velho refrão... Como o diabo da cruz, passa a ter nova versão: Como o Cavaco dos partidos.
Embora manifeste uma fobia muito antiga, bem característica de determinada cultura política portuguesa, de muito má memória.

 

Cavaco Silva: A campanha mais cara



Os orçamentos de campanha das presidenciais entregues pelos candidatos ao Tribunal Constitucional somam 10 milhões de euros, sendo o mais elevado o de Cavaco Silva, com 3,7 milhões de euros.

http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=12&d=27&uid=&id=55669&sid=6158


Será porque sai sempre mais caro, tentar vender um melão "presidencial", sem deixar que os eleitores saibam muito bem que "fruta presidencial" é que lhes vai ser servida na mesa das eleições de 22 de Janeiro?


 

Pergunta sem sentido...ou talvez não?

 
  

 
Maioria devido à    falta de assinaturas e/ou certificados de eleitor
Sete das 13 candidaturas presidenciais têm irregularidades 
 
Provavelmente é a própria lei para a eleição do Presidente da República que o prevê.
Mas, mesmo assim, não deixa de ter cabimento a pergunta: Porquê sortear lugares nas listas, antes de se saber quais são os candidatos que preenchem os requisitos legais para fazerem parte delas?

Será o senso comum que está contra a lei? 
Ou a lei que está contra o senso comum?
 
   

 

Cavaco Silva Nega o que Propõe ?





ou Propõe o que Nega ?

Quem fala assim é mesmo gago?

Cavaco Silva nega ter sugerido Secretaria de Estado para as empresas estrangeiras

Cavaco Silva nega ter sugerido Secretaria de Estado para as empresas estrangeiras

Cavaco Silva propõe secretaria de Estado para acompanhar empresas estrangeiras






segunda-feira, dezembro 26, 2005 

O Calembur do Racismo

 
SDF (Sans Domicile Fixe) é a expressão consagrada, em França, para designar os Sem-Abrigo, a extrema direita francesa resolveu apropriar-se da sigla (SDF, Solidarité Des Français)  e deturpar as intenções das instituições que lhes prestam ajuda.
 
 
Le logo de l'asssociation Solidarité avec les Français, dont est issue Soulidarietà   
 
"L e milieu caritatif niçois dénonce l'organisation d'une soupe populaire avec du porc servie aux SDF par une association d'extrême droite, qui de fait, exclu les musulmans et juifs. Pour les associations il s'agit d'une initiative "discriminatoire" alors que les pouvoirs publics se disent pour l'instant impuissants".

domingo, dezembro 25, 2005 

A Distinção entre Esquerda e Direita está obsoleta?








Ou ganha novo fôlego e alarga-se a domínios inesperados, lá para os lados da Catalunha?
Só se espera é que não seja mais um acha de discórdia, atirada para a fogueira ideológica do Estatuto catalão.
Provavelmente, serão apenas inócuas divagações "navideñas".


"Lejos del mundanal ruido, el Parlament de Catalunya debatió el otro día si Superman es o no de derechas. La acusación la lanzó el diputado Miralles (ICV-EUiA), para quien Superman es un icono violento e imperialista; la defensa corrió a cargo de Antoni Fernández Teixidó, del planeta Krypton, quien aseguró que el veterano superhéroe es más bien de centro.
Después nos quejamos cuando acusan al oasis catalán de vivir alejado de los problemas reales.
En cualquier caso, me permito realizar una aportación al debate: todos los superhéroes son de izquierdas porque socorren al desvalido, y de derechas porque ayudan a los de arriba a mantener el orden.http://www.lavanguardia.es/web/20051225/51211397766.html

sábado, dezembro 24, 2005 

O último "disfarce" de Bin Laden

GQfeature2v.jpg Bem sei que que este "presépio" não tem palhinhas, que a pose da personagem não é propriamente virginal, nem cheira a incenso e mirra por aqui ( em relação a ouro já não me atrevo a ser tão assertivo), mas se vos disser que se trata de um produto da marca "Bin Laden", já  poderá  parecer mais razoável a ligação desta imagem com uma das  datas mais importantes da nossa cultura ocidental.
Como é normal na internet, os dois linkes seguintes explicam todo o enigma http://www.lavanguardia.es/web/20051224/51210995519.html ehttp://men.style.com/gq/features/landing?id=content_4071
 

domingo, dezembro 18, 2005 

E Reclama bem...

A pergunta é se chegará a ser ouvido.!!!
E quantos mais "Erikas", "Prestiges" e "CP Valours" serão necessários para se criarem instrumentos de âmbito europeu que consigam prevenir, reduzir e acorrer aos perigos que representam estas e outras fábricas flutuantes de catástrofes ecológicas?
 

Paulo Casaca reclama criação de Guarda Costeira Europeia para evitar "delapidação" de património marinho europeu

  

 "Infelizmente - assinalou Casaca - a UE optou por um máximo de dissociação entre os direitos de pesca, cuja atribuição é tida como competência exclusiva europeia, e os sistemas de controlo e de penalização, que são deixados quase completamente à  discrição de cada um".

O resultado desta situação é que "o mar alto das zonas mais pobres e periféricas da Europa, como as portuguesas e, mais concretamente, dos Açores, não tem hoje nenhuma protecção eficaz quer em relação à  pesca de navios não registados, quer mesmo aos que operam legalmente".

  

 

 

 
 

 
 

 

Comentários, para quê?

É o Bush, no seu melhor!!!

NSA terá interceptado comunicações de centenas de pessoas

Bush admite ter autorizado escutas à margem da justiça

O Presidente norte-americano admitiu hoje ter autorizado, nos últimos quatro anos, a realização de escutas a pessoas residentes nos EUA, à margem de qualquer autorização judicial. George W. Bush garante que os visados por este programa “vital” eram “conhecidos pelas suas ligações à Al-Qaeda”.

Bush recusa comentar existência de escutas telefónicas extra-judiciais

sábado, dezembro 17, 2005 

#3 O DI e a Denegação do Nome-Bom

"PS vota contra proposta do PSD

Imóveis não vêm para a Região

O grupo parlamentar do PS anunciou votar contra a proposta do PSD para transferir para a Região o Hospital da Boa Nova, no Monte Brasil, e o prédio Grenã, nas Furnas.
Os deputados à Assembleia da República eleitos pelo PSD na Região (João Bosco Mota Amaral e Joaquim Ponte)”, referem(...)

“Invocando argumentos irrelevantes, o Grupo Parlamentar do PS anunciou que vota contra, o que se lamenta”, afirmam.


Para o DI, os deputados eleitos pelo PSD pela Região têm nome.

E têm nome-bom.

Os deputados eleitos pelo PS não parecem tê-lo.

Nem nome.

Nem nome-bom.

O seu voto é deixado à apreciação

daqueles que têm

nome e nome-bom.

E as suas razões consideradas irrelevantes.

Por aqueles

que têm

nome e nome-bom,

que assim as classificam.

E para o DI,

que as omite.

(em nome do nome,

ou em nome do nome-bom?)

E para mim?

(que tenho nome,

Bom?)

E para o leitores,

(Sem nome,

Bom?)

que esperavam que o DI os informasse dessas razões?

Epigrama

(em nome
do senso-bom)

vota contra estas diferenças de tratamento.

Nada irrelevantes.

quinta-feira, dezembro 15, 2005 

Só ares de Guerra Fratricida

Estes duelos televisivos entre candidatos presidenciais tem tido um grande mérito desmistificador.


NEstes duelos televisivos entre candidatos presidenciais tem tido um grande mérito desmistificador.ão corresponderam às expectativas de ninguém.



  • Nem às grandes expectativas.
  • Nem às boas expectativas.
  • Nem às más expectativas.






Nem às grandes expectivas dos nossos jornalistas e responsáveis televisivos, que, inicialmente, pareciam ter embarcado na ilusão de fazerem e desfazerem candidatos vencedores nos écrans da televisão.







Para mais, com vitórias e derrotas em que os árbitros dos debates- os jornalistas-como guardiães das regras e factores determinantes do conteúdo do debate- eles é que determinariam ,em 90%, o seu conteúdo com os temas das suas perguntas- eram mais decisivos, no resultado final ,do que os próprios contendores.


EPara mais, com vitórias e derrotas em que os árbitros dos debates- os jornalistas-como guardiães das regras e factores determinantes do conteúdo do debate- eles é que determinam ,em 90%, o seu conteúdo com os temas das suas perguntas- eram mais decisivos, no resultado final ,do que os próprios contendores.ra só trocarem os papeis aos candidatos.


Por exemplo,centrar os debates de Cavaco nas questões jurídicas e constitucionais e os debates de Mário Soares nas questões orçamentais ou de economia.


Com a agravante de essas "sábias" regras televisivas, terem sido importadas, em enésima mão, dos modelos americanos.


Até parecem aqueles equipamentos de "tecnologia de ponta", concedidos ao abrigo do nosso bem conhecido acordo de cooperação entre os Estados Unidos e Portugal, negociado sob a égide da autonómica boa memória de Cavaco Silva.


Duas curiosidades sobre estas "grandes expectativas" jornalísticas.


Até o próprio Cavaco que, no início, também parecia estar mais interessado no meticuloso respeito pelas regras do debate do que no próprio debate, à sua quarta prestação com Jerónimo, já se deu ao luxo dos àpartes directos e das notas de cáracter pessoal ("minha mulher até se riu").


O mais implicável defensor das regras do bebate tem sido o iconoclasta Miguel Sousa Tavares, que tem feito o papel de intratável "Torquemada"na defesa da ortodoxia regulamentar dos debates.


Para nos ficarmos neste texto pelas "Grandes" expectativas, uma referência ao tema que justifica o título.







O debate, de ontem, entre Soares e Alegre.








  • Quem esperava uma luta fratricida, esperou em vão.
  • Quem esperava uma vitória esmagadora de qualquer deles, também esperou em vão.
  • Quem esperava grandes ideias, temas grandiosos, visões deslumbrantes, caminhos arrojados, novos horizontes, esperou em vão.

Até porque são pessoas que, aos setenta ou aos oitenta e um anos, com décadas de vida pública e publicada,



  • já tudo disseram,
  • já tudo escreveram
  • e já tudo fizeram (pelo que respeita a Soares)
  • ou muito pouco fizeram ( pelo que respeita a Manuel Alegre).

E é mesmo aqui que se centram as grandes diferenças entre os dois.







Manuel Alegre é um grande poeta, um bom escritor, um impressionante orador que, por acréscimo, também é político. Político,da política enquanto também palavra e pensamento. Mas não, enquanto obra e liderança de pessoas.







Mário Soares é um grande político da palavra, da obra e da liderança de pessoas, que, por acréscimo, também escreve e pensa e discursa.







Acham que estas diferenças não ressaltaram com grande evidência no debate de ontem?


Eu acho que ressaltaram.


Tanto no que foi dito, como do que ficou subentendido.


ETanto no que foi dito, como do que ficou subentendido., em política, o subentendido é tão importante, ou mais ainda, do que aquilo que é dito.

 

Uma pergunta retórica?






Cheque britânico" o quebra-cabeças orçamental




O que é o cheque britânico?






A batalha é entre os países ricos.





Será mesmo que nesta "batalha entre países ricos" que se trava na UE, á volta do cheque britânico, alguém se lembra da batalha que se trava em Hong-Kong, na cimeira da OMC (Organização Mundial do Comércio), e que tem como pano de fundo esta outra, muito mais dura realidade:




L'Africain moins bien loti qu'une vache européenne





. Pour éclairer l'épineuse question des subventions agricoles, l'hebdomadaire américain Time prend l'exemple emblématique du coton. Si sa culture n'est pas aisée en Afrique, "le plus gros problème, et de loin, auquel est confronté l'exploitant agricole de coton en Afrique de l'Ouest n'a rien à voir avec l'environnement, ni même avec l'Afrique. Le problème se trouve à 8 000 kilomètres et se caractérise par les 3 milliards de dollars (2,55 milliards d'euros) de subventions que les Etats-Unis accordent à leurs fermiers du coton..." [Link]



quarta-feira, dezembro 14, 2005 

Para Aqueles que se "horrorizarem" com os títulos

Para quem se assustar, ou mesmo "horrorizar", perante estes títulos "bombásticos" e taxativos do DI de ontem ("Baía dos horrores", "Angra descaracterizada"), provavelmente vai acalmar com a leitura dos dois relatórios do ICOMOS, que acompanharam e se pronunciaram, em devido tempo, sobre as alterações planeadas para a baía de Angra.

Não se deve deixar de notar, porém, que se deve manter o compromisso do acompanhamento permanente por parte do ICOMOS, também constante daqueles relatórios.





ANGRA FOI DESCARACTERIZADA
Baía dos horrores
Algumas das intervenções na baía de Angra não tiveram em conta a identidade daquele espaço. A opinião é do presidente do Centro de Estudos de Urbanismo e de Arquitectura do ISCTE.




State of Conservation Report: 1998


State of Conservation Reports: 1999

Se, por acaso, os dois linkes anteriores não funcionarem.O link seguinte dá-lhe acesso à página onde se encontram os relatórios.

World Heritage
















 

Quem me dera ser Chileno !

Ou poder dizer, em Portugal,

que um dos nossos 5 candidatos

presidenciais

era "o sinal de uma mudança cultural"!

 
 
The Seattle Times

Woman candidate signals a cultural shift in Chile

terça-feira, dezembro 13, 2005 

O Centro Político não se procura, Encontra-se

  • À força de recear confundir-se com a esquerda da esquerda, para onde está Manuel Alegre a deslizar em termos de imagem eleitoral?
  • Para o centro da direita? Confrontando-se com Cavaco Silva e não com Mário Soares. E assim, perdendo para os dois.
  • Ou então, posicionando-se à direita do centro, procurando o imaginário eleitorado, que seria o de Cavaco se , porventura, este tivesse sido bafejado pela sorte do aparecimento de um candidato à sua direita?
  • Em todo o caso, parece empenhado em procurar directamente o eleitorado do centro, que, pela sua singular fluidez, não se deixa atingir ou captar por quem o procura directamente, mas por quem o encontra, como a margem de uma esquerda ou de uma direita, que se assumem como tais.

 

Na Catalunha, é assim...

E nos Açores, como será?
 
 

Libros para explicar el Estatut


 Además de las más de 240.000 descargas que el Estatut ha registrado por internet, el Ejecutivo quiere llegar a sectores de la población a los que una lectura de ese tipo resulta árida. El Departament de Relacions Institucionals i Participació que dirige el conseller Joan Saura prepara una colección de pequeños libros que explicarán cómo afecta el Estatut a diferentes los ámbitos. El objetivo es que las entidades conozcan mejor el proyecto de reforma y que colaboren en su difusión.




segunda-feira, dezembro 12, 2005 

Tenho de pensar mais vezes nisto.

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# 2 O DI e as Duas Denegações

A Primeira Denegação: A Denegação do Nome

"o antigo líder do PSD/Açores e antigo presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, segundo apurou DI junto de fontes partidárias, encabeça a lista afecta à candidatura de Costa Neves. O antigo responsável, ao que tudo indica, inverteu a sua posição, já que anteriormente foram publicadas notícias que davam conta da sua recusa para encabeçar uma lista de candidatos a delegados".
Diário Insular de 1 de Dezembro
Para o DI, a pessoa em questão não tem nome.
Não chega a ser substantivo.
Não tem direito a substantivo.
Nem sequer comum.
Muito menos próprio.
É apenas um adjectivo.
Antigo.
Três vezes antigo.
O Antigo.
O que já não é.
O que só conta porque já foi anteriormente.
Pelas notícias sobre as suas recusas.
Antigas.

domingo, dezembro 11, 2005 

#1 O DI e a corruptela do nome




Bem-vindo ao Epigrama, Diaro Insular;

Sempre bem-vindo ao Epigrama, Dario Insula;

Será sempre bem-vindo ao Epigrama, Diario Isula;

Moral da história: O Dionisio é tanto Dioniso, como o Diário Insular é Diaro Insula...

Como quer que seja, será sempre bem-vindo, repito bem traço vindo (bem-vindo) ao Epigrama.

sábado, dezembro 10, 2005 

O ridículo tornado risível

Há pessoas que conseguem ganhar um estatuto de impunidade e imunidade para determinadas características da sua personalidade. Mário Soares, enquanto Presidente pelo menos, quanto às suas incontáveis e repetidas gafes, sobre os assuntos mais variados, mesmo sobre aqueles em que tinha especiais responsabilidades. Por exemplo, os postos dos militares. Tratar um major por capitão é imperdoável para qualquer alto responsável político. Menos para Mário Soares.

Cavaco Silva está-se (estava-se?) aproximando de um estatuto semelhante. Mas em relação à seriedade e fundamentação, sempre pressuposta e nunca necessitada de reconfirmação posterior, de todas as opiniões que emitia nos domínios, directa ou indirectamente, ligados à sua especialização.

Mas, ontem, teve azar.

Francisco Louçã atreveu-se a considerar ridícula, e mais ainda a ridicularizá-la de facto, como o momento mais alto de humor do debate, a hipótese, adiantada por Cavaco, de os portugueses ficarem em minoria em Portugal, mercê de leis excessivamente facilitadoras da nacionalização, por causa de uma súbita avalanche de emigrantes ilegais.

Só faltou ouvirem-se as trombetas das gargalhadas, que Eça de Queiroz evocava como meio de fazer ruir as muralhas da cidade bíblica.

No rosto de Cavaco, o efeito da chacota de Louçã teve assomos de trombeta bíblica que tivesse rebaixado Cavaco ao nível de colaborador da contra-informação.

E com esta marca ficou até ao fim do debate.

 

O escudo invisível das regras

A couraça artificial das regras do debate, destinada a proteger o divino e distante Cavaco, da irreverência humana do frente a frente e do tu-cá, tu-lá, começam a revelar-se insuficientes para proteger aquela cuidada e cultivada imagem, de quem só sabe falar da sua especialidade, a economia e as finanças, não podendo, portanto correr o risco de perguntas directas dos adversários que o afastem deste reduto. Mas que, nestes domínios, nunca falha, nem duvida, nem erra.

Esta imagem começou a esboroar-se, ontem, com a informação, dada pelo próprio, de que recebeu do Governo, CD's com documentação relativa à OTA e ao TGV. O refúgio na falta de informação completa começa também a não ter consistência.

A outra bengala da sugestão de mais estudos, de que Cavaco tem usado e abusado, nos debates, levou-o a dois deslizes num só gesto.

Ele próprio, a ultrapassar o seu perímetro de segurança do respeito sagrado pelas regras do debate e, pior ainda , para propor estudos sobre um tema já exaustivamente estudado. A crise financeira da Segurança Social.

Ao seu segundo debate, Cavaco baixou a guarda! E começa a cometer erros, que atingem a raiz dos mitos que zelosamente tem alimentado.

 

O regresso dos "Gorilhas"

É um velho "tique" desta geração de politicos do PSD que é comum a Cavaco, Durão e Santana Lopes.
Ei-los, aos seguranças, a regressar em força com Cavaco. E todos do modelo daqueles que até parece que procuram dar nas vistas.
Não me recordo de ter ouvido nenhum repórter, na cobertura para as televisões dos momentos que antecedem ou se seguem aos debates, falar dos seguranças das outras candidaturas.
Mas, qualquer espectador mais ou menos atento, detecta facilmante a sua presença na comitiva de Cavaco, desde a apresentação do seu manifesto no CCB, e, se não erro, não houve nenhuma reportagem em que os jornalistas não tenham assinalado essa presença.
Mais um, dos muitos "tiques" que o "cavaquismo presidencial" copia do "cavaquismo ministerial".

 

Negociado até ao mais "Ínfimo Pormenor"

Este era o orgulhoso auto-elogio que os jornalistas da SIC, logo a seguir ao primeiro debate, repetiam incansavelmente, todas as vezes que se referiam às negociações entre as candidaturas sobre as regras dos debates.
Foi fácil constatar que, afinal, alguns aspectos importantes ou tinham sido simplesmente esquecidos ou tinham sido mal negociados.
Exemplo do primeiro é a regra de não focar um dos intervenientes quando o outro está falando. Pode parecer sem importância, mas também pode ser demolidor. Pois pode levar ao espectador imagens muito desfavoráveis para o "apanhado" pelas câmaras. Curiosamente, Cavaco e os seus negociadores, esqueceram este aspecto, que lhe é um dos mais desfavoráveis.
Exemplo dos temas mal negociados é o da posição relativa dos dois candidatos.Já, agora, porque não os puseram de costas um para o outro?
Por isto mesmo, tem vindo, de debate para debate, a aproximá-los da única posição aceitável para um debate. Aquela em que não se tenha de pagar com um torcicolo o acto, natural e humano, de se olhar para quem se fala.
A origem desta bizarra solução deve estar na cópia mecânica, para um dabate sentado, das regras que os americanos utilizam para os debates em pé. Estes permitem, em breves deambulações em frente da tribuna humanizar a posição artificial dos intervenientes.
Moral da história: Nem bem negociado. Nem bem copiado.

sexta-feira, dezembro 09, 2005 

A Frase mais importante do segundo debate das presidenciais?

Não foi a de nenhum dos candidatos.

Foi a de um dos jornalistas, ao citar o Presidente do Supremo Tribunal:

"Os políticos passam e o juízes ficam".

É uma verdade que nos atinge como um murro.

Passou o 25 de Abril...e eles ficaram!

Passou o 25 de Novembro...e eles ficaram!

Passaram revisões da Constituição e Governos...e eles ficaram!

Passaram Presidentes da República e Primeiros Ministros... e eles ficaram!

Em muitos casos, até ficaram os mesmos, nos mesmos lugares, em que já estavam... "antes de"...

E, na maior parte, ficaram os mesmos métodos, a mesma ineficiência, os mesmos formalismos, a mesma incapacidade de responder à evolução social e suas exigências.

 

Voto: O inimigo número 1 dos debates presidenciais

  • O voto, que Cavaco Silva receia perder, se disser tudo o que pensa;
  • O voto, que Manuel Alegre receia nunca conquistar, se disser tudo o que pensa;
  • O voto, que Jerónimo de Sousa pode vir a ter de "engolir", se Mário Soares conseguir levar a decisão das presidenciais para a 2ª volta;
  • O voto, que Mario Soares pode vir a ter de agradecer a Jerónimo de Sousa e ao seu "disciplinado eleitorado".  

quinta-feira, dezembro 08, 2005 

# 9 Debate confirma Cadilhe

"Cavaco é como um eucalipto:

Provoca aridez à sua volta".

E justifica DSousa:

"Cavaco é o eucalitpo da Democracia Portuguesa".

quarta-feira, dezembro 07, 2005 

# 8 O Debate Triste

Acima de tudo e antes de tudo, cavalheiro.
Por acaso e mero acidente, e apenas
em questões de pormenor, também de esquerda.
Foi este o triste Alegre do debate. 

 

# 7 O debate, segundo DSousa

Repararam na diferença entre a imagem televisiva
do "Cavaco-calado" e do "Cavaco-falante"?
O ar fúnebre, da primeira
e o ar de festa do lugar-comum
e da ideia-feita, da segunda?

 

# 6 O Debate, segundo Cavaco

Debate "muito vivo e esclarecedor,"
esclarece muito vivamente Cavaco
que, agora, já, por vezes, duvida
e muitas se engana.
Pouco vivo e nada esclarecedor,
queixa-se e diz toda a gente.
Há mesmo quem escreva - no DN - sobre a grande regra,
não negociada, mas zelosamente aplicada,
deste debate: "A regra do bocejo".

 

# 5 O Debate, segundo Cavaco

Para um governo fazer muitas coisas não precisa de tempo.
Para um governo fazer bem as coisas precisa mesmo de tempo.
Não foi isto que Cavaco acabou por dizer, pensando que estava
a dizer precisamente o contrário, quando afirmou:
"Prestámos uma atenção muito forte na quantidade(...)
Não houve tempo para a qualidade"?
Dando de barato a sua confissão
sobre os seus dez anos de governação
sem "qualidade".

 

#4 O Debate das "convergências"suprapartidárias!!!

Para que lhes serve serem suprapartidários?
Para concordarem nas mesmas coisas em que os seus partidos concordam?
E discordarem naquelas em que os seus  partidos também...discordam?
São, Cavaco e Alegre, apartidariamente "não-pensantes"?
 

 

#3 O Debate, segundo Cavaco

Estamos ao nível das "democracias avançadas",
proclama Cavaco, depois de ter aceite os inevitáveis debates.
Então, ele há democracias...recuadas?
Ou apenas  democratas...recuados que,
o mais devagar que podem, lá vão avançando
para comportamentos, democraticamente menos
...recuados, no tempo e nos modos? 
 

terça-feira, dezembro 06, 2005 

#2 O Debate

Os portugueses não "ouviram" o debate Cavaco/Alegre,
por causa dos ultra-sons mediáticos que o precederam?
Ou por causa dos infra-sons políticos em que ele decorreu?

 

#1 O debate

Quem diria?
Cavaco foi à sala de maquilhagem no intervalo do debate com Alegre.
Dez anos de intervalo não chegaram para lhe retocar a imagem que deixou quando abandonou o poder?
Terá ganho, em minutos de intervalo, o que não conseguiu perder,em dez anos?

segunda-feira, dezembro 05, 2005 

Anotações à Mensagem do Patrono


Venus


Para melhor enquadramento da mensagem do Patrono, que nos chega dos longínquos anos 80 da nossa era, justificam-se algumas breves anotações.

Serão apenas três.
  1. A primeira, sobre a ironia subjacente ao texto de Marcial que é, todo ele, um bem trabalhado eufemismo. Marcial está, claramente, a "dourar a pílula" que se prepara para ministrar aos seus pacientes.
    Sobre esse mesmo tema ele fará, como se terá ocasião de ver, outras divagações bem mais consentâneas com a contundência dos seus impiedosos epigramas.
  2. A segunda é sobre a expressão "falar latim autêntico" ("latine loqui"), à letra, "falar latinamente", como quando nós dizemos, "portuguêsmente falando"... ou seja, "sem papas na língua", para usar outra expressão bem portuguesa.
  3. Finalmente, as Florais e o episódio de Catão.
    As Florais, que vieram a dar os nossos inocentes e literários "jogos florais", se, porventura tinham alguma coisa de literário, não tinham nada de "inocente", no sentido de recatado ou pudico.
    Pelo contrário, eram ritos ligados à fertilidade muito realisticamente "mimados", isto é, imitados e representados, envolvendo mesmo a "mimarum nudatio", isto é, a desnudação das actrizes.
    Como se vê, o moderno "stripe-tease" só tem de moderno... a sua designação.

Quanto a Catão, foi numa dessas representações que, ao que conta a história, por respeito pela proverbial austeridade de Catão, as actrizes não se despiram.

Catão, percebendo que a sua presença privava os espectadores dessa aguardada parte do espéctaculo, retirou-se. O que lhe mereceu estrondosa ovação da assistência. E, agora, o remoque de Marcial. Afinal, Catão, não foi para ver. Mas para ser visto.

Os outros que admirem a austeridade de quem não quer ver.

Marcial desvenda o exibicionismo de quem tudo fez para ser visto.

Digamos que é uma boa lição prática sobre a utilidade da ironia.

Desvenda a outra face, normalmente, oculta ou ocultada, da realidade humana e social.

 

A Mensagem do Patrono Marcial



Espero ter seguido, nos meus escritos, tal comedimento que deles não possa queixar-se quem quer que tenha um bom conceito de si próprio.
Eles gracejam de modo a salvaguardar o respeito até pelas pessoas mais humildes.
Respeito esse que faltou aos autores antigos, a ponto de abusarem não somente de nomes verdadeiros, mas até de grandes nomes.
Que a fama me custe menor preço e o espírito mordaz seja a última coisa a ser apreciada em mim.
Fique bem longe da inocuidade dos meus gracejos o glosador maligno e não se substitua ao autor dos meus epigramas.
Procede indignamente quem mostra talento à custa de um livro alheio.
A sinceridade brejeira das palavras, isto é, a linguagem dos epigramas, dela me escusaria, se fosse apenas meu o exemplo. Mas, assim escreveram muitos outros antes de mim, como Catulo que atacou o próprio Júlio César. E assim escreve qualquer um que quer ser lido de fio a pavio.
Se alguém quer parecer tão austero que, junto dele, em nenhuma página, é lícito falar latim autêntico, pode contentar-se com a introdução, ou, antes, com o título.
Os epigramas são escritos para aqueles que costumam ver as Florais.
Não entre Catão no meu teatro, ou, se entrar, que seja espectador!
Acho que estou no direito de encerrar este preâmbulo com alguns versos:

Se conhecias o culto grato à jocosa Flora,
os divertidos gracejos e a licenciosidade do vulgo,
porque vieste, Catão severo, ao teatro?

Ou terás entrado, só para mostrares a toda a gente que saíste?

 

A Imagem da obra do Patrono

 

O Patrono

O título deste blogue é uma homenagem a um vulto pouco apreciado da literatura latina- o hispânico Marcial. De seu nome completo, Marco Valério Marcial.
A força e o sucesso da sua poesia enquanto viveu, explica o insucesso e relativo esquecimento a que, depois da sua morte, foi votado.
Para os seus contemporâneos, os breves e contundentes epigramas de Marcial tinham a vida das coisas presentes e imediatamente identificáveis.
Podiam ser a anedota do dia ou o retrato da semana, mas retidos pela memória popular, no seu conteúdo, breve e lapidar, pareciam tão naturais que se julgariam nascidos do senso comum de todos os romanos que os repetiam e não saídos da mente e da pena de um autor em concreto.
Se, facilmente, se retinha o seu conteúdo, ainda mais espontaneamente se esquecia o seu autor.
Os textos a que se pretende dar guarida neste blogue, nestes primeiros anos do século vinte e um, vão procurar ter como modelo e inspirador esse Marcial da segunda metade do século um da nossa era.
Alguns deles serão apenas a transcrição de poemas de Marcial. Outros serão a sua glosa, a sua imitação ou a sua continuação histórica nos mesmos ou noutros moldes.
Sabemos que os primeiros serão sempre mais valiosos do que os segundos. Mas também temos a certeza que os segundos não serão menos autênticos que os primeiros.

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