O "discurso da tanga" ataca na Terceira I
E ataca em força.
O primeiro ataque foi há quinze dias atrás.
Os sintomas eram preocupantes. Iam ao mais fundo dos terceirenses.
Não eram umas superficiais térmitas, que podem corroer até ao cerne, mas começam por atacar do exterior. Era um mal-estar profundo, que atingia os terceirenses na sua própria alma, no seu próprio "tonus" vital.
Os recursos de todas as ciências eram convocados para dar conta deste cataclismo anímico.
A meteorologia, por exemplo.
O psicologismo sócio-histórico:
O profetismo encartado, ou o"anti-bandarrismo" de trazer por casa.
Apesar de tudo, neste primeiro ataque do "discurso da tanga", ainda havia lugar para algum contraponto, com algumas realidades estatísticas, menos negras do que o fundo negro da alma terceirense.
Ou então, para uma breve digressão histórica, que permitia relativizar e amenizar um pouco o negrume depressivo da alma terceirense actual.
Veremos que esta perspectiva histórica tenderá a perder-se nos futuros ataques do "discurso da tanga", em versão local.