Epigrama

O Presidente
da Câmara da Graciosa
continua,
atabalhoadamente,
a debitar explicações,
cada vez
mais confusas
e cada vez
menos consistentes,
sobre a sua
radical
solução
final,
para os cães
da terra
que os viu nascer.
A ambos.
A ele, Presidente,
daquela Câmara,
que não é de gaz
mas já é
pouco graciosa.
E a eles, cães,
que,
muito mais avisadamente
que o Senhor Presidente,
se calam.
Desde os fabulosos tempos
em que todos os animais
falavam.
Mas rosnam:
"Não temos culpa.
Nem sequer votámos nele".
E,
se à conversa
presidencial
pudessem responder,
não iriam deixar
de perguntar:
"Para quando
a formação,
nesta região
de muita
associação,
de uma
"Sociedade
Protectora
dos
Presidentes
de Câmara".
Para proteger.
Os outros.
De presidentes.
Como este.