A derrota ainda teria sido maior
Se, entre os principais protagonistas sem responsabilidades políticas directas,
dos movimentos do "Não," no referendo do passado dia 11,
Marcelo Rebelo de Sousa
tivesse tido maior presença na comunicação social que
Bagão Félix.
Num referendo, com apenas duas opções em confronto,
ou "Sim" ou "Não",
que lugar é que há,
para um "Não suave"
à Marcelo?
Nenhum.
Só serve para baralhar os indecisos do campo do "não".
Ou se abstêem.
Ou se decidem pelo "Sim".
Curioso este percurso político fatal dos marcelos, em Portugal.
Deste Marcelo e do outro.
Do Caetano.
Ambos condenados a ficar a meio caminho.
Suavemente, a meio caminho.
Na lista dos dez protagonistas da informação sobre o referendo, o primeiro-ministro, José Sócrates, foi o principal interveniente, com 44 notícias, enquanto os líderes dos partidos CDS/PP, PSD e Bloco de Esquerda, respectivamente, Ribeiro e Castro, Marques Mendes e Francisco Louçã, tiveram 36 referências. Mais abaixo, mas ainda acima das 25, ficaram Jerónimo de Sousa, com 27, e Bagão Félix, com 25. Marcelo Rebelo de Sousa obteve o sétimo lugar entre os maiores protagonistas, com 19 referências,
DN Online: ’Não’ teve mais espaço na RTP e SIC
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