Os "tios" de Augusto Gomes (VII) O tanoeiro (II)
Noutra ocasião, um juiz recentemente colocado naquela vila de Santa Cruz da Graciosa, homem simples, de índole bondosa, apreciador de ditos jocosos e situações brejeiras, para as quais usava da máxima benevolência, passeava na companhia da esposa.
Ao passar pela oficina do tanoeiro em questão, e ao reparar numas celhas que orlavam o passeio, inquiriu intencionalmente:
- «Oh! Mestre! Estas celhas são para os burros cá da terra beberem»?..
O interpelado, olhando fleumaticamente o magistrado por cima das velhas cangalhas, respondeu:
«As pequenas!... Só as pequenas!... Porque as grandes são para os burros de fora.»
Ao passar pela oficina do tanoeiro em questão, e ao reparar numas celhas que orlavam o passeio, inquiriu intencionalmente:
- «Oh! Mestre! Estas celhas são para os burros cá da terra beberem»?..
O interpelado, olhando fleumaticamente o magistrado por cima das velhas cangalhas, respondeu:
«As pequenas!... Só as pequenas!... Porque as grandes são para os burros de fora.»