Os "Tios" de Augusto Gomes (IV) Tio Amadeu (II)
O espírito jocoso do Tio Amadeu mais se evidencia com o episódio que passo a narrar:
Terminara o trabalho na Base Aérea 4.
Os funcionários portugueses do Destacamento Americano, aglomeravam-se, aqui e ali, aguardando os respectivos transportes.
Eis que surge Tio Amadeu, qual corredor romano de quadrigas, em esfusiante embaixada de alegria.
Então, um dos ditos funcionários, voltando-se na direcção seguida pela carrocinha, e, com o polegar a descrever um movimento de vai e vem, em suma, naquele tão peculiar e generalizado gesto «yankee», pediu-lhe boleia.
Sem vislumbres de atrapalhação,
antes pelo contrário,
com uma calma surpreendente,
Tio Amadeu,
com um semblante onde transparecia o pesar por não poder ser útil,
respondeu,
apontando com o chicote o garrano:
Já levo um.